Mais poderoso e mais rápido do que nunca, o canhão elétrico da Marinha dos EUA faz sua estreia pública

Dos canhões de carregamento pela boca do USS Constitution ao Sistema Avançado de Armas nos mais recentes destróieres da classe Zumwalt da Marinha dos EUA, a guerra naval sempre dependeu de explosivos para disparar projéteis contra o inimigo.

Isso pode estar prestes a mudar graças à pesquisa anteriormente secreta sobre canhões eletromagnéticos. Em vez de carregar toneladas de alto explosivo em carregadores, com todo o risco concomitante, os navios de guerra poderiam usar a eletricidade como propulsor em armas futuras.

Os canhões elétricos usam campos magnéticos criados por altas correntes elétricas para acelerar um condutor de metal deslizante, ou armadura, entre dois trilhos. Em vez de projéteis explosivos, os canhões elétricos disparam projéteis inertes que dependem da energia cinética para seus efeitos.

O resultado é uma arma que elimina os perigos de altos explosivos em um navio e munições não detonadas no campo de batalha.

DA PRANCHETA AO CAMPO DE TIRO

Um railgun de prova de conceito, elevado por dois atuadores mecânicos Duff-Norton (macacos de parafuso), pode acelerar um projétil até Mach 6 e dispará-lo a mais de 100 milhas náuticas. A Marinha dos EUA está testando este Protótipo Naval Inovador no Centro Naval de Guerra de Superfície, Dahlgren, Virgínia.

A pesquisa em canhões eletromagnéticos vem acontecendo desde pelo menos 2005, mas o novo protótipo representa um marco significativo em direção a uma arma implantável. Para construí-lo, a Marinha precisava de componentes confiáveis para ajustar a elevação da montagem que fossem capazes de suportar recuo poderoso e exposição a elementos externos agressivos.

A SOLUÇÃO

Dois macacos de parafuso 150T com um curso de 70" foram instalados com porcas anti-folga, chaveadas com extremidades roscadas de barra sólida para acomodar um encaixe de forquilha dupla, motoredutor de alta relação IP55 de 20 HP com codificador e freio, vedações completas/duplas, interruptores de limite / gabinete e lubrificação especial, juntamente com acoplamentos e eixos para permitir a sincronização mecânica.

Em última análise, o canhão elétrico poderia ser usado para atacar outros navios, atacar alvos em terra ou defender o navio contra mísseis e aviões. Os desenvolvimentos futuros se concentrarão em aumentar a cadência de tiro e a durabilidade do lançador.

"O railgun é um verdadeiro divisor de águas", de acordo com o Escritório de Pesquisa Naval. "Cobertura de área ampla, resposta excepcionalmente rápida e carregadores muito profundos ampliarão o alcance e a letalidade dos navios armados com essa tecnologia."

A engenharia da Duff-Norton está ajudando a transformar essa tecnologia inovadora em realidade.